terça-feira, 30 de junho de 2009

Obrigada,não.

Ele a beijou ontem, ali na frente da casa dela. Perto daquela árvore que sabe de coisas que ninguém acreditaria. Já ela não acreditou que ele a beijou logo na primeira vez que saíram. Claro que ela não negou o beijo, claro que ele não iria cair em descrédito por isso. Mas de qualquer forma não acreditou. Mas também não poderia culpá-lo por isso, ela também queria. Foi bem previsível também, ele era do tipo que praticamente diz “Bom, já que estamos aqui mesmo...”. Mas também não poderia culpá-lo por isso, às vezes falta criatividade mesmo.
Subiu as escadas no fim de tudo. Trocou de roupa e notou que nem um sorrisinho besta tinha saído da sua boca. Tudo bem, não é sempre que isso acontece mesmo. Deitou na cama e logo dormiu.
Pela manhã, sem saber ao certo como foi capaz de dormir tão rápido e por esse mesmo motivo pensa, “Não acredito que pude dormir tão rápido”.Na cozinha bebendo água tinha um ponto de interrogação estampado na sobrancelha, “Não acredito que não pensei nem um pouco que seja na noite, nem no dia. Eu simplesmente dormi”.
"Sem noite mal dormida...”, ela tomou banho pensando nisso. Então ela ficou se questionando e se questionando. Não, não tinha motivos para ela dormir bem, mas já que dormiu... Pela tarde quando ele ligasse no horário do almoço ela pegaria o telefone, entre um gole e outro de seu suco de abacaxi, e não atenderia. Ele podia ter feito de tudo, menos ser capaz de fazê-la dormir bem.

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“And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand”

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ecoando Notas

Era o som de saxofone que escutou ao atravessar a rua, era um jazz louco e lindo, encantador e solitário. Alguns passos errantes a mais, um piano desconcertado ecoava suas notas, parecia que alguém estava no começo de algo que viria a ser mais que perfeito. Notas em um inicio feliz, com um toque de esperança. Em seu destino, flauta doce. Já escutou esse som diversas vezes no mesmo local. E sempre fingia procurar algo na bolsa para poder ficar mais um pouco. Se perguntava quem seria aquele que tantas vezes a fazia parar ali,muda...
”O mundo foi uma música que alguém compôs”, pensou ao abrir o portão. “O mundo é feito de música”, tentando ajustar o pensamento. “Uma pena eu não ter jeito para música”, querendo se ajustar. “Uma pena eu não saber dançar”. Fechou o portão e subiu,hoje, pelas escadas.


*****
É chegada uma nova temporada de caças!
Qual o paradeiro de Mary Jane?
A Terra de Babel existe?
É possível encontrá-las?


Ah,cala essa boca!Quer saber? Clique exatamente aqui!

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(...)
E quando o nó cegar

Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A Luz acesa
Lá se dorme um sol em mim menor
[Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior]
(...)
Já se abre um sol em mim maior




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Existe a hora de lembrar o que não devíamos ter esquecido. Para isso,
uma revolução.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Escrito com os meus garranchos (V)


Um pesadelo e começo a ter medo de escuro, medo da luz.
Começo a trancar as portas pelas quais passo e tentar esquecer todas as sombras.
Impossível é saber quem são as sombras.
Sua imagem se difere de seus pensamento. Sombra que vive em luz.
Em sofrimento escondido. Vive na mentira.
Tudo afeta meu pensamento e todos viram sombra.
Começo a trancar as portas pelas quais passo
Porta que me impede de chegar ao mais alto
Porta que é segredo do pensamento
Porta que impede que entendam
Se ligo ou apago a luz, a sombra sempre aparece

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Aos quatorze (catorze) anos. Esse daí já não é muito feliz. Mas nem tudo são vaga-lumes em um jardim.

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Espero postar novamente no domingo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

22 de janeiro de 2008 – Apenas seja.

Disseram para que se eu o buscasse, se eu tentasse falar qualquer coisa com ele, falar como foi meu dia, sobre o que tenho sonhado, ele me escutaria...
Eu já sabia disso, mas parecia ter me esquecido e por isso sorri quase chorando.
E assim sentei ao seu lado e comecei a falar algumas coisas que na verdade não eram as coisas que eu queria dizer. Ele me escutava, mas ainda parecia tão longe.
Fiquei quieta por um instante pensando em como recomeçar, estalei os dedos...
Quebrando o silencio pedi desculpas, pedi desculpas pelo que eu sentia e não conseguia sentir. E falei sem parar e respirar como se agora sim estivesse sendo sincera...
Parei para tomar fôlego e já não olhava mais para seus pés, eu o olhava nos olhos. Ele sorriu para mim, disse que tudo ficaria bem, era uma promessa. Eu não deveria mais ter medo.
Ele me abraçou e as coisas voltaram a ter um sentido.

Escrito com os meus garranchos (IV)

Não mudei...nada mudou...nada mudou em mim
Mudou meu olhar e atitudes,
mudou meus pensamentos e sorrisos,
mudou o que eu queria dizer,
e os sonhos que tinha.
Não mudou em querer,

mas tudo mudou em mim justamente por querer.

Existem perguntas que nunca saberei as respostas,
queria ainda poder esperar.
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Eu acho que não gosto disso. Mas se não gostasse não insistiria em colocar isso no blog. O medo é de vocês não curtirem...Tanto faz,não resisto.
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Escritos de uma garota de quinze anos. Nessa época ela queria respostas e não imaginava que um dia teria. E não pensava que quando encontrasse ainda as consideraria insuficientes para acabar com algo que se passa dentro dela. Algo que não tem nome, apenas existe.
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Beijo para o Richard. Obrigada pelo final de semana.
Beijo para o Dudu. Obrigada pela espécie de dia dos namorados.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

NADASOMOS

Por : Bruno Assumpção
Projeto Nadasomos

Se na vida que tu levas, aprontas
Se vês um defeito, apontas
Se vem montaria, tu montas
Vigie para não cair

O mal é perder o amor
Achar que tudo somos
Esquecer que o outro sente dor,
Porque de fato nadasomos...

(asteriscos)

Escrito com os meus garranchos (III)

Somos o que somos
e nossa vontade de querer ser.

Somos o que nos tornamos
pensamos no que poderíamos ter.

Nossos sonhos não eram em vão
Somos enfim o que queremos

Ser o que podemos,
talvez seja ilusão



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Não leve a mal. Não sou boa com escritos desse estilo. São bobagens que não conseguiram ir para o papel de forma diferente.
E não gosto de rimas apesar dessa ter, elas são tão chatas quanto os pontos de exclamação... Juro que no rascunho tinha a observação para que eu tirasse as rimas,fiz o possível.
Prometo abolir o “Ana Clara em verso e prosa” do blog.