segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sinto muitas coisas, de intensidades variantes que vão de insignificantes a extremamente absurdas. Sinto de tudo a toda hora. De uma simples recordação a lembranças vivas que tomam não apenas nossa mente, mas tudo o que nos envolve.
Não que eu seja confiante, mas várias dessas já disse para todos. Não havia forma de esconder. Se bem que com o tempo a gente procura varrer vestígios, tentar disfarçar, trocar o assunto, mas nem tudo some da gente tão fácil, entretanto pode ficar mais difícil de encontrar. Procuram tanto em nossa boca que esquecem que as verdades saem de nossos olhos.
Prendi de várias formas as várias coisas que queria que soubessem. Podem tentar dizer que não, em um ato de amizade e de incentivo, mas a covardia é mais predominante em mim mais que muita coisa. Quase fui covarde o suficiente para não usar a palavra covarde... Dizer o que se sente, ato de coragem ou de tolice?
Em palavras escondias, nomes estranhos, entre textos subjetivos, entre mentiras sinceras entreguei tudo o que queria de bandeja para que todos lessem e “ninguém” entendesse.
Virar noites conversando consigo e escondendo si. Esperar passar, se entregar, esquecer, lembrar, ignorar e procurar. Ignorar... meu ato de covardia e sensatez. Nem sei mais qual a diferença entre elas.
_Então andemos sobre ovos! – diz o jovem sábio que acha mais fácil conviver com as confusões de não saber mais como se comportar – Não seria a única e nem a última no mundo a fazer isso...- conclui sabiamente para que eu não me sinta a ultima bolacha do pacote.
_Então, faça uma revolução! Vai... anda!!! – diz o outro, mais louco ainda querendo quebrar com um martelinho todo e qualquer sentimento de “covarde sensatez” que existe – Você sabe que tudo o que você quer é mudar. Você sabe...
Então eu sorri porque eu realmente sei e aceitei o convite à loucura, peguei a vida na mão e pude sorrir.


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Sabe aquelas coisas que você escreve e não sabe o motivo? Pois é, esse aí é um exemplo. Sei que escrevi durante uma conversa com a Mila.
Isso faz sentido para alguém? Se fizer me explique. E...postei porque eu estava com vontade de me desfazer de alguns textos empacados. Na verdade eu estou tentando me desfazer de muita coisa...
Não me questione e não me critique,ainda mais por esse ser mais um que por enquanto está sem título. Não sou muito boa com essas coisas, ainda mais quando eu nem sei sobre o que eu estava falando.
Do que estou falando agora?

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ouvi dizer que o amor é cego.


Naquela noite o bar não estava tão cheio quanto era de costume. O ar era o mesmo. Um cheiro bem fraco de cigarro de bali, as pessoas conversavam ao som da banda de jazz envolvida pela fraca luz do ambiente.
Essa noite era uma das raras que uma mulher acompanhava a banda com músicas românticas, logo essa noite que eu estava sozinha.
Sentada no bar olhava com freqüência para a cantora e para as pessoas que estavam sentadas nas mesas. Pedi um conhaque. Bebia pensando em coisas que não deveria. Não deveria estar ali sozinha, não essa noite.
Aquele homem que já estava há mais tempo por ali não parava de olhar para mim. Talvez fosse porque eu estava bebendo só, talvez fosse porque ele também estava sozinho. A banda deu cinco minutos de pausa para a cantora descansar, o pianista continuou.
O homem sorriu quando olhei para ele, retribui o sorriso. Voltei a olhar para a bebida, o sorriso dele era incrível, parecia com o seu... Eu deveria parar de pensar naquelas coisas enquanto bebia meu conhaque. Mas aquele sorriso...
Sem que o percebesse sentou ao meu lado, comentou algo sobre o pianista e sobre a música que tocava. Concordei, ele tinha razão sobre o quanto eram bons. Depois disso conversamos mais coisas que me desculpa, não recordo agora.
Não era só o sorriso, seus olhos eram como os seus, seus cabelos tinham exatamente o mesmo tom de castanho, mas não era tão alto. Isso não posso dizer.
Pedimos mais bebida e agora a mulher cantava apenas ao som do piano. Era uma voz linda e cantava a nossa música. Ele me beijou quando a música estava acabando.
A culpa não foi minha, você me deixou sozinha ali. Bebi demais aquela noite e precisava de um toque. Não significou nada para mim, para ser sincera não me lembro do nome dele.
Mas não resisti, vocês se parecem tanto e eu pensava em você quando ele veio. Isso não pode ser considerado infidelidade, trapaça. Ele se parecia com você e eu ouvi dizer que o amor é cego. Não podia resistir a você.


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Estou bem.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Para uma vida menos amarga


Estava um pouco frustrada com o temperamento explosivo do meu irmão. Na verdade não só estava chateada como ainda estou chateada com isso. Suas reclamações têm lotado o ouvido de todo mundo e como aparentemente sou uma ouvinte bacaninha, além de escutá-lo escuto dos outros as reclamações sobre criatura já crescida que minha mãe pariu um dia. Isso não é completamente ruim, porque eu aproveito pra reclamar também e vira uma piada.
Tudo parece estar arquitetado na mente dele e quando por alguma falha as coisas não funcionam , ele pira, fecha a cara, engrossa a voz, coloca a culpa nos seres inferiores que o cerca e o resto que arranje um jeito de entrar em seu cercado patamar superior ou que se conformem e continuam comer suas rações...
Fiquei pensando com os meu botões sobre isso. Não sobre as reclamações dele, mas o motivo de tantas reclamações. A princípio pensei em estresse, todo mundo anda estressado, parecem ter que salvar o mundo em 24 horas. Para falar a verdade, isso nem seria o motivo de tanto estresse já que Jack Bauer salvou o mundo tantas vezes em 24 horas e não é tão estressado quanto o meu irmão.
Claro que antes disso culpei o jeito dele ser, mas depois de pensar um pouco em minhas atitudes com coisas que não tinham a princípio nada a ver com ele, notei que a resposta para a questão é que ele não consegue levar as coisas na esportiva. Não vê as coisas com a clássica frase e muito importante em minha opinião: não leve para o lado pessoal. Ele reclama porque esqueceu que além dos planos de se divertir que dão errado, a diversão ainda pode estar presente.
E essa é a minha falha principal quando penso no blog e em como escrevo pouco. As coisas seriam diferentes por aqui se de uma hora para a outra eu não tivesse deixado de levar na brincadeira e escrever sobre qualquer idiotice que me vem à mente para querer escrever as idiotices que acho merecerem ser lidas.
Alguns crentes relaxariam com essa de parecerem santos o suficiente para ir pro céu e realmente curtiriam ser crentes sem pressão, sem estresse e curtindo o amor de Deus como uma coisa para se saborear como um bolo de chocolate banhado de brigadeiro e coberto de granulado.
Não deixando nossas responsabilidades de fora (isso foi apenas para eu parecer responsável), mas não ficar mastigando tanto os erros fazendo o que as pessoas sempre dizem: apertando o botão “foda-se” e sendo felizes, relaxando e gozando, não levando a vida tão a sério...
Tudo bem que algumas dessas frases foram toscas, mas serviram para o entendimento e conclusão.


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Essa semana foi aniversário da Tia Paulinha, a biscoitinho, a garota do fone de ouvido, a menina que lava o pé com álcool, a Houston, filha da mulher que tem o nome artístico de Tia Vivinha... A princípio queria escrever algo que fosse sobre e para ela no meu post, mas meu estômago começou a doer com a gastrite que ela me arranjou. Então deixo só o agradecimento ao espermatozóide vencedor que fecundou o óvulo que deu nisso que ela é. Deus é muito louco mesmo.


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Esse post era para ontem mas não deu tempo já que meu computador estava com o horário errado e quase me fez perder o culto. O Wagner me levou de moto e reclamou muito por isso.
E...foi muito bom encontrar algumas pessoas ontem. O sorriso delas é incrível. Foi realmente bom.