quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O nada

"E se virá,
será quando menos se esperar,
da onde ninguém imagina"



Era de notório que Saul não era nada, até o próprio Saul estava convencido da mesma coisa. Ele não era como Eli, não era como Samuel. A família de Saul?Era da menos importante das tribos.
Parei e fiquei pensando no nada, ou melhor, em Saul. Deus escolheu Saul para ser o rei de Israel tomando o lugar Samuel. Saul pensa que isso é um engano, como pode isso acontecer? Quem ele era para que fosse feito rei? Ele era tão insignificante é...acho que a palavra insignificante já basta, mas Samuel não estava ali falando babela, ele tinha certeza de que aquela era a vontade de Deus e diz:Você pode pensar que é uma pessoa sem importância,mas é líder das tribos de Israel. O Senhor Deus o ungiu como rei do povo de Israel...
No meio de tanto nada havia algo nele que era o que Deus queria. Era como Davi que entre todos os seus irmãos “maiorais” era o menor e o maior de todos ao mesmo tempo. Deus diz que Ele não julga as pessoas como nós as julgamos. Elas olham para a aparência,mas eu vejo o coração.
Somos todos como um menino que sai de casa com cinco pães e dois peixes que olhados pelos discípulos somos um nada mas colocados a disposição de Deus somo usados para alimentar uma multidão. Podemos ser obedientes e entregar tudo o que temos para que seja feito o que deve ser feito ou podemos duvidar que dê certo e tirar o nosso da reta.
Se fizermos como Saul fez, desobedecer a Deus por não confiarmos em tudo o que somos e em tudo o que podemos fazer quando nos é dado a benção seremos o nada que continuam sendo um nada. Mas podemos fazer como Davi e o menino dos peixes que eram tão pequenos mas enfrentaram algo muito maior que eles, tanto Golias quanto uma multidão de gente esfomiada.


*****

Fiquei um tempo tentando me comunicar,não consegi escrever nada (não tentei pouco). Depois me disseram que silêncio também é uma forma de comunicação, então permaneci nela. Resolvi quebrar esse silêncio hoje já que outras pessoas resolveram fazer o mesmo.
Espero que não tenham desistido de mim...


sábado, 6 de outubro de 2007

o bilhetinho


Hoje eu abri uma das minhas 832 milhões de mochilas e caíram 832 milhões de tampinhas da coca-cola com a inscrição:
Tente novamente!
E eu fiquei pensando nas coisas que já fiz na vida e que realmente valeriam à pena tentar de novo.
É como naqueles filmes que tem o "flashback", assim passou na minha cabeça. E percebi que existem poucas possibilidade de eu tentar novamente.
Nem uma com a inscrição “VOCÊ GANHOU” caiu da minha mochila. OU eu ganhei essa possibilidade, ou eu nunca ganhei.
Eu nem sei por que estou escrevendo isso para você, nem com que propósito.
Mas é isso!


Te amo



Beijos Paula~''~ 2007

05/10
23:12’57



*****

A Paula escreveu isso para mim quando estávamos saindo do Lú e me entregou quando voltávamos para casa,eu acabei de ler.A gente tem a “mania” de escrever em guardanapos quando pensamos em algo do tipo “preciso dizer agora” ou “você precisa escutar isso agora”, não sei o motivo pelo qual ela escreveu isso hoje, nem ela.
Isso fez um certo sentido para mim, não sei o motivo e nem no que me fez pensar (ou sei e não quero dizer).
Obrigada Paula e desculpa ter postado aqui,espero que não se importe mas isso pode fazer sentido para mais gente.


Ah, Paula! Sente só horário do bilhete: 23:12’57 e 12+57= 69(:3)= 23


*****

Enquanto espero O médico e o monstro ( “The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde”,caso prefiram) livro clássico do escocês Robert Louis Stevenson publicado em 1886, comecei a ler O poderoso chefão ("The Godfather",caso prefiram) escrito por Mario Puzo, originalmente publicado em 1969.
Não posso deixar de recomendar o livro, comecei hoje, mas já estou achando incrível a história do padrinho/chefão, Don Vito Corleone.


*****


Iniciei o mês com o pé esquerdo. Sabe quando parece que você está se traindo ao pensar no que está pensando? É isso basicamente. Estou tentando ignorar para ver se esqueço. O Evandro está tentando dar uma de psicólogo e olha que ele sabe que eu não gosto de análises (obrigada!).


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

¨Cansada



Ela cogitava a possibilidade, nunca antes havia cogitado a possibilidade de sequer, cogitar a possibilidade, mas, hoje, ela cogitava...a possibilidade em si.
Fazia um calor chato no meio do inverno, com vento, mas abafado, doía no rosto, doía nos olhos, era como se estivesse no meio de um deserto, mas com frio.
Ligou, ligou e ninguém atendeu, tomou banho, deitou, tomou café, ligou novamente, ele atendeu. Não. A palavra ecoava, amanhã quem sabe...justo agora que ela cogitava a possibilidade...decidiu: ‘De ontem em diante nunca mais vou perder nenhuma possibilidade’. Perdera duas ontem, meia hoje, não, hoje não, hoje perderam por ela...doía no rosto, doía nos olhos - vento de emoções e devaneios - simplesmente doía.
Saiu de casa, sozinha, caminhou, correu, subiu no ônibus, acabou a pilha, vontade de vomitar...ela dizia para si mesma...maldita vontade de vomitar. Caminhava no centro sozinha e seus lábios rachados doíam, caminhava no centro sozinha e olhava para os lados com fúria como se procurasse alguém...alguém. Mas olha que engraçado, não encontrou ninguém, óbvio que ela não havia encontrado alguém, maldita mania de caminhar todos os dias no centro procurando alguém, alguém de sorriso bonito, alguém.
Foi aí - depois de não encontrar ninguém – que hoje ela iria variar, iria perder a vergonha para poder ganhar de novo e se orgulhar dela de novo, como a primeira vez, hoje ela iria se sentir dona de si mesma, nem que seja por simples segundos. Não existe pecado, não existe erro, não existe verdade, é tudo questão de ponto-de-vista é tudo questão, pura questão, de interpretação. Caminhou, subiu a ladeira correndo, desceu correndo no outro sentido, cantarolou alguma canção, dançou por entre os carros, dançou por entre o próprio cérebro, no cérebro ecoavam palavras de comando: Não, Sim, Sobe, Desce, Deita, Rola...sentia-se uma cadela, mas uma cadela feliz. Sentou no cordão da calçada para descansar, retomou a vergonha e cansou, o encontrou e constatou.
Não é a pessoa que eu esperava. Nunca é a pessoa que eu espero. Tenho desistido das pessoas ultimamente, principalmente da minha pessoa, estou cansada. Cansada de ser orgulhosa, cansada de ser preocupada, cansada de ser emotiva, cansada de ser. Estou cansada de pensar demais, porque eu penso demais, e penso tanto que não consigo me expressar direito, e embora seja sincera, estou sempre mentindo. A imaginação é mais rápida que o pensamento, mais rápida do que as palavras, mais rápida do que a fala. Estou cansada de imaginar demais, de projetar demais. Cansada de me cansar demais.





*****

A Débora disse que eu gostaria do texto. Realmente gostei e não sei se você vai saber o motivo, mas eu estou aí em todos os pontos possíveis. Até parece que fui eu quem o escreveu... Não sei quem é a autora,mas está de parabéns.




*****



Voltei de Vila Velha. Descobri que tenho fortes tendências a chorar em casamentos. É claro que não chorei, afinal não tem coisa que eu abomine mais que chorar. Foi um bom final de semana. Ahhh! Viram o final da novela? O Olavo não podia ter morrido, que raiva!!!



*****



A melhor distância é a mais longe possível.