domingo, 23 de dezembro de 2007

A noite em que os hotéis estavam cheios


O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro.
Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos.
— E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não!
O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta hospedaria — havia, mas o dono desconfiou do casal e resolveu dizer que o estabelecimento estava lotado. Contudo, para não ficar mal, resolveu dar uma desculpa:
— O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma aqui. Poderia até receber delegações estrangeiras. Mas até hoje não consegui nada. Se eu conhecesse alguém influente... O senhor não conhece ninguém nas altas esferas?
O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse alguém nas altas esferas.
— Pois então — disse o dono da hospedaria — fale para esse seu conhecido da minha hospedaria. Assim, da próxima vez que o senhor vier, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe, com banho e tudo.
O viajante agradeceu, lamentando apenas que seu problema fosse mais urgente: precisava de um quarto para aquela noite. Foi adiante.
No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam incógnitos. Quando os viajantes apareceram, pensou que fossem os hóspedes que aguardava e disse que sim, que o quarto já estava pronto. Ainda fez um elogio.
— O disfarce está muito bom. Que disfarce? Perguntou o viajante. Essas roupas velhas que vocês estão usando, disse o gerente. Isso não é disfarce, disse o homem, são as roupas que nós temos. O gerente aí percebeu o engano:
— Sinto muito — desculpou-se. — Eu pensei que tinha um quarto vago, mas parece que já foi ocupado.
O casal foi adiante. No hotel seguinte, também não havia vaga, e o gerente era metido a engraçado. Ali perto havia uma manjedoura, disse, por que não se hospedavam lá? Não seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para surpresa dele, o viajante achou a idéia boa, e até agradeceu. Saíram.
Não demorou muito, apareceram os três Reis Magos, perguntando por um casal de forasteiros. E foi aí que o gerente começou a achar que talvez tivesse perdido os hóspedes mais importantes já chegados a Belém de Nazaré.


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Agora é a hora de cortar o tesão de quem estava iludido pensando que o texto é meu,é meus caros, esse texto é de Moacyr Scliar que li no livro “As 100 melhores crônicas brasileiras” e me contive até chegar perto do Natal para posta-lo.


Não é preciso cair em lágrimas meus caros leitores, pois ainda espero escrever o verdadeiro texto natalino do blog (mesmo que saia depois do Natal...).
Falando nisso a Paula me fez lembrar da velha idéia de escrever textos para o boletim da igreja ,se bem que não sou muito boa (nadinha) para escrever textos "crentes", mas pelo menos eles não teriam rima.


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Viajo hoje para Vila Velha para passar o Natal com a minha mãe já que o ano novo está reservado para o pessoal da PIBI. Tem coisas legais em viajar, por exemplo, lá não tem ninguém para conversar então eu acabarei de ler “O caçador de pipas” e como ficarei sozinha posso até pensar em um texto para o Natal (escrito por mim) e para o Ano Novo (espero que também escrito por mim).


E...se quiserem me ligar....sei lá....só para escutarem o doce som da minha voz.....será um prazer!


(é,realmente não tem muita gente para conversar por lá).
Han....


Feliz Natal!



# oito dias para acabar o ano


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Que forma mais estranha de nos salvar...




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E sabes da minha intenção de te fazer feliz...


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Cultura de televisão: Vincent Van Gogh corta sua orelha esquerda, a leva para um bordel e a dá a uma prostituta chamada Rachel.
Dia do vizinho. Não sei muito bem como são os seus, mas os meus são medonhos. Ainda mais essa mulher que aluga a casa dos fundos...


sábado, 15 de dezembro de 2007

TÃO SEU


“Telefone não basta ao desejo
O que mais invejo é o que não vejo”



Chegou com pressa no saguão onde seria dada a palestra, corria um pouco, colocava o terno ao mesmo tempo em que ajustava a gravata e conferia no relógio o quanto estava atrasado. Olhou para algumas pessoas estavam ali conversando na tentativa de encontrar algo que não achou, olhou então para a mesa onde as pessoas faziam a inscrição de última hora e viu a garota de cabelos cacheados que levantou os olhos do papel que escrevia dando um meio sorriso em sua direção. Ele sorriu, mas logo virou o rosto e retomou o caminho voltando a acelerar os passos e subindo as escadas.
Foi ao cinema e sentou em uma das últimas cadeiras bem no meio, perto de alguns colegas seus, esperavam para que a sessão começasse conversando baixo com risadas altas. Por um momento se distraiu e a garota de cabelos cacheados entrou na mesma sala. Ele a olhou por uns instantes querendo ver onde sentaria, mas levantou com o coração disparado para comprar refrigerante e pipoca.
A piscina estava vazia, era dia de semana e era tarde. Não estava nem sol e nem quente, mas ele estava ali para nadar o máximo que pudesse. Começou a nadar com força, mas logo se cansou. Parou na borda com a respiração ofegante e ela estava sentada na outra ponta molhando os pés na água. Ele mergulhou e voltou a nadar com toda a força que podia o maior tempo que pode.

Tinha muita gente na rodoviária, pessoas que se abraçavam ao chegar e se abraçavam para sair. Ficou esperando ali a hora do ônibus. De todas as coisas que ele precisava a mais necessária era pegar aquele ônibus e encontrar a sanidade em outro lugar. Comprou uma revista de palavras cruzadas para não ver o tempo passar, colocou música para escutar e entrou no ônibus.
A viagem não parecia ter oito horas, parecia ter tido dezoito. Saiu do ônibus. Pegou mala.
Estava parada,a garota dos cachos, logo depois do portão do desembarque olhando atentamente a movimentação de pessoas. Ele a viu e caminhou em sua direção.
_Sentiu saudades? –perguntou a abraçando forte querendo saber se era a único.
_Muitas, demais, exageradamente... – tentando achar mais palavras que mostravam a quantidade extrema da saudade.
_Mesmo? –com um tom de dúvida incrédulo.
_De te ver em todos os lugares...


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Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões


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Alguém viu Globo Repórter hoje? Faz um tempão que não vejo. Desisti de Globo Repórter e suas reportagens sobre “sono”, ”animais africanos” e “obesidade”. Hoje a reportagem foi interessante, estava lendo aqui na internet (porque perdi o programa na tv...).


--As pessoas apaixonadas tem o mesmo estado patológico das que são viciadas.O cérebro produz uma grande quantidade de dopamina,o mesmo efeito das drogas. Por isso quando se separam ocorre uma crise de abstinência.
Inclusive a diferença de amor para paixão explicada por eles é essa. A paixão libera dopamina em excesso (e acredite: isso é prejudicial ao cérebro causando até Alzheimer!!!) e amor você produz dorfina que te leva a estabilidade e tranqüilidade.


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Estou romântica esse mês,né? Pelo menos rende "bons" textos. Ah,inclusive esse vai para a Aline em agradecimento ao apoio moral que ela está me dando! rs
No livro é claro que terá uma dedicatória para você!!! : D


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Dia 14 de dezembro o 348º dia do ano com 17 dias para acabar o ano e dia do engenheiro de pesca.
Já que é bem provável que não teremos um post amanhã então fica aqui os parabéns para todos aqueles que cuidam de seus jardins (dia do jardineiro!e eu ia fazer uma piada ridícula por causa do meu sobrenome...mas vou ficar quieta...) e declarado o começo do Hanukkah (para aqueles que comemoram).

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“Serei honesto em tudo o que fizer. [...] Viverei uma vida correta na minha casa e não deixarei que entre nela nenhum mal. Eu detesto as ações daqueles que se afastam de Deus e não tomarei parte nos seus pecados. Afastarei de mim pensamentos desonestos e não terei nada a ver com a maldade. Destruirei aqueles que falam mal dos outros pelas costas e não suportarei os orgulhosos e os arrogantes.[...]”

{Salmos 101}


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[repararam o que o Blogger fez com meu template?Grrr raiva. depois eu dou um jeito.]

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Novos Rumos








Decidiram cessar a caminhada e passar no supermercado na intenção de comprar um enorme pote de sorvete que seria a cura para o marasmo. Entre todas as caminhadas que faziam no fim das tardes de sexta-feira, rotina dos dois, essa foi a mais quieta, mais estranha. Ele pensativo e ela tentando arranjar uma conversa que deixasse o silêncio mais barulhento. Eram amigos, ela com seus dezenove e ele com seus vinte dois e meio.
Deram voltas entre as prateleiras até encontrarem os frios. Nossa, poderíamos transferir as caminhadas do calçadão para o supermercado, semana que vem a gente tenta achar a parte de limpeza, ela falou com um tom sarcástico e comemorativo por avistar onde os sorvetes ficavam.
Ele quieto ainda olhando a garota estabanada abrindo e fechando os freezeres procurando algum sabor que cairia bem naquela noite. Nada de exótico, algo que agradasse e combinasse com calda de morando e granulado.
_Vai me dizer ou não o que você está pensando? –ela falou paciente olhando os sorvetes.
_O que? –retomando a atenção no que ela fazia e saindo do devaneio onde se encontrava.
_É. Vai me dizer o que está pensando? –repetiu intimando-o para leitura de pensamentos.
_Quer mesmo saber? –indeciso se falava ou não o que passava pela sua cabeça.
_A escolha é sua. –desviou o olhar dos potes de sorvete que segurava para o rosto do amigo.
_Estava pensando no sonho que tive essa noite contigo. Foi um sonho bom, a gente estava junto. Isso nunca me tinha passado pela cabeça, mas passou enquanto eu dormia. Foi a melhor coisa que pude pensar em tanto tempo. Então eu percebi que na verdade eu já estava junto de você e gostando... e que é a única pessoa que me faz desistir de me acostumar com a solidão.Não sei agora se me sinto aliviado ou se me preocupo por esse poder ser o fim das nossas caminhadas. –falou a princípio sem pensar no que estava pensando em acelerado ritmo.
Ela riu, um pouco constrangida e no meio do sorriso sem graça veio um sorriso de felicidade discreto. Se era para caminhar com alguém todos os dias, ninguém melhor do que aquele que estava presente em todos os caminhos. Se estavam buscando novos sentidos, ninguém melhor para determinar o rumo.
_É...e eu que esperava apenas que você me dissesse se achava melhor flocos ou napolitano...-ainda sorrindo guardou o sorvete napolitano que gelava suas mãos.


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Minhas aulas acabaram hoje no 339º dia do ano, faltando 26 dias para acabar o ano.

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Roxanne,
you dont have to put on the red light
Those days are over
You dont have to sell your body to the night
Roxanne,
you dont have to wear that dress tonight
Walk the streets for money
You dont care if its wrong or if its right






Tudo bem que não irei no Maracanã dia oito para ver o show do The Police. Mas se tudo realmente está perdido (e com certeza está) sempre existe os clássicos do rock n' roll!


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Fim de festa.O que resta.Nossas cinzas.




quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sossego

Contando com os feriados,recessos e com fim de semana, a família teria cinco dias livre, morando em uma cidade pequena e sem muito passa tempo decidiram então que viajariam para a casa de praia da tia e é claro, sem a tia.
Entraram no carro não levando muitas esperanças que esses dias seriam grandes coisa, mas tinham certeza que seria melhor passa-los em um local diferente, mesmo que tão sem distrações quanto sua própria cidade.
As malas estavam no carro junto com o patriarca da família, a mulher do próprio, os três filhos, a amiga magrela da filha mais velha e o vídeo game do filho do meio. Logo que chegaram na casa de praia o céu fechou, bem que disseram que nuvens fofas era sinal de chuva. Quem acredita em uma teoria assim?
Ficou um pouco medonho o local, foi o comentário da mais velha para a amiga ao entrarem no quarto que dava vista para o quintal. Típica cena de filme de terror, foi o comentário da amiga para a filha mais velha tentando achar algo interessante para fazer já que só teriam televisão no dia seguinte.
O patriarca saiu da casa e foi instalar a bomba para que a água chegasse na caixa d'água e as meninas ficaram ali, sentadas na cama olhando pela janela tendo ligeiros devaneios. As luzes da casa foram apagadas para que ele não levasse um choque ao instalar a bomba. Ninguém queria isso ocorresse, ainda mais sem herança, ainda mais em um feriado. A imagem dele foi substituída por apenas uma sombra.
Silêncio, com a falta de luz todos ficaram em silêncio. O silêncio foi quebrado com passadas fortes e descompassadas pela casa. Alguns berros que vinham de não sei onde, terminavam não sei o por quê e não diziam nada.
Elas não sabiam muito bem o que estava acontecendo então permaneceram quietas ali, tentando enxergar algo do lado de fora. Espera, tinha mais de uma sombra ali? Um grito cortou as passadas descompassadas que davam pela casa e um corpo caiu no chão.
O que estava acontecendo? Barulho de pancadas pela casa. Seria a hora de entrar em pânico ou a hora de entrar em pânico já havia passado? Então bateram forte na porta, esmurravam a porta. Elas se olharam quase sem movimento.
_Vamos jogar bisca? - pergunta o pai que vai entrando pela porta como quem havia descoberto a grande distração da noite chuvosa.
_Eu não sei jogar...- a amiga magrela diz enquanto todas as luzes voltavam a acender.
_Tudo bem.Se o naipe....-começou com a maior paciência do mundo.






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Tâmara veio.Tive minha última Feira do Saber. Minha mãe veio.Eu fui.Aprendi a jogar bisca e teoricamente buraco. Perdi muitas vezes para o Paulo. Escutei estórias de terror da Hélvia (só no sussurro!). Escutei as piadas da Dorila. Acordei com raiva do Hítalo e do Lediel. Minha mãe foi. A Tâmara foi. Eu voltei. Meu cachorro cresceu muito enquanto eu viajava. Eu escrevi! E volto quando Deus quiser...



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É muito estranho baixar músicas do Roberto Carlos e rir com A Praça é Nossa?


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Estou tentando aceitar as mudanças que estão prestes a ocorrer na minha vida. Pode parecer drama, ainda mais porque sou ótima nisso, mas não vai ser tão fácil assim deixar Itaperuna em menos de dois meses. É...as coisas vão mudar....


#40 dias para acabar o ano.


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Às vezes, parece tão longe
Eu digo: Alô!
Mas ninguém responde
Eu entro no meu quarto
Eu fecho a porta
Mas parece que o céu
Está de bronze

Eu digo:
Deus, o que será que aconteceu?
Mas o Teu silêncio é...
Pra me fazer crescer


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_Mas eu não quero me encontrar com gente louca – observou Alice.

_Você não pode evitar isso – replicou o gato. – Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco. Você é louca.
_Como sabe que eu sou louca? – indagou Alice.
_Deve ser - disse o gato – ou não estaria aqui.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A confissão de Henry Jekyll

“A razão vacilou-me,
mas não me abandonou por completo.”





Não sei porque acontece esse tipo de coisa comigo. Entendo o que Deus me diz, sei que Ele entende o que sinto e sei que o que faço não pode ser explicado por nada disso.Talvez seja culpa minha. Mentir para Deus? É impossível sim, mas a verdade não é capaz de explicar tudo o que sinto.
Esses dias não estão sendo os mais fáceis. Não que eu esteja tão mal que chegue a atacar qualquer pessoa que se aproxime de mim, na verdade nem notariam que estou assim se não tivesse martelando nesse teclado em uma noite sexta-feira.
Por mais que não quisesse, algumas vontades primitivas voltaram e não saber lidar com isso faz parte de todo o processo. Pensei nesses dias em alguns textos que nem ficariam ruins, mas preferi manter o silêncio...Se manter sem falas é um princípio de sabedoria mesmo que algumas pessoas achem que a gente deva falar.
Tenho conseguido pensar, tenho conseguido ter idéias, mas nem uma delas são idéias que deveriam ser tidas. E quanto mais eu queria melhorar mais algo em mim buscava (busca) o primitivo. Foi até muito bom ler “O Médico e o Monstro”, me senti um pouco como o Mr. Jekyll e a forma que ele instigava seu lado ruim com prazer e chega na satisfação. Logo após ele começa a se arrepender, um vício incessante de bem estar, de esperança e uma forma angustiante de saber que nisso tudo está a sua condenação.
No ápice disso tudo é que escrevo, não como a carta final que Jekyll escreve no livro contando todo o seu processo de dominação pelo Mr. Hyde e como tudo já estava incontrolável, mas como uma forma de conseguir colocar as idéias em ordem e buscar um alívio. Até porque o fim de Mr. Hyde não é o mais belo...


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Meu tempo como aluna do ensino médio está terminando. Falta menos de um mês para tudo aquilo terminar. Sentirei falta te conviver com algumas pessoas, outras eu chego a me questionar e fazer apostas de quanto tempo vou demorar para que eu esqueça seu nome. Falando nisso quase que esqueci que amanhã tenho simulado pela manhã...tsss
Aos que se interessam, a Feira do Saber será quarta-feira...


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Às vezes acho que algumas pessoas tem o livre acesso sobre meus pensamentos. Será que nessa era de tecnologia os cérebros adquiriram bluetooth?


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Agradecendo a presença da Mila e da Paula pelos comentários...sempre bom lê-los. Obrigada e até o próximo post e que ele não demore tanto...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O nada

"E se virá,
será quando menos se esperar,
da onde ninguém imagina"



Era de notório que Saul não era nada, até o próprio Saul estava convencido da mesma coisa. Ele não era como Eli, não era como Samuel. A família de Saul?Era da menos importante das tribos.
Parei e fiquei pensando no nada, ou melhor, em Saul. Deus escolheu Saul para ser o rei de Israel tomando o lugar Samuel. Saul pensa que isso é um engano, como pode isso acontecer? Quem ele era para que fosse feito rei? Ele era tão insignificante é...acho que a palavra insignificante já basta, mas Samuel não estava ali falando babela, ele tinha certeza de que aquela era a vontade de Deus e diz:Você pode pensar que é uma pessoa sem importância,mas é líder das tribos de Israel. O Senhor Deus o ungiu como rei do povo de Israel...
No meio de tanto nada havia algo nele que era o que Deus queria. Era como Davi que entre todos os seus irmãos “maiorais” era o menor e o maior de todos ao mesmo tempo. Deus diz que Ele não julga as pessoas como nós as julgamos. Elas olham para a aparência,mas eu vejo o coração.
Somos todos como um menino que sai de casa com cinco pães e dois peixes que olhados pelos discípulos somos um nada mas colocados a disposição de Deus somo usados para alimentar uma multidão. Podemos ser obedientes e entregar tudo o que temos para que seja feito o que deve ser feito ou podemos duvidar que dê certo e tirar o nosso da reta.
Se fizermos como Saul fez, desobedecer a Deus por não confiarmos em tudo o que somos e em tudo o que podemos fazer quando nos é dado a benção seremos o nada que continuam sendo um nada. Mas podemos fazer como Davi e o menino dos peixes que eram tão pequenos mas enfrentaram algo muito maior que eles, tanto Golias quanto uma multidão de gente esfomiada.


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Fiquei um tempo tentando me comunicar,não consegi escrever nada (não tentei pouco). Depois me disseram que silêncio também é uma forma de comunicação, então permaneci nela. Resolvi quebrar esse silêncio hoje já que outras pessoas resolveram fazer o mesmo.
Espero que não tenham desistido de mim...


sábado, 6 de outubro de 2007

o bilhetinho


Hoje eu abri uma das minhas 832 milhões de mochilas e caíram 832 milhões de tampinhas da coca-cola com a inscrição:
Tente novamente!
E eu fiquei pensando nas coisas que já fiz na vida e que realmente valeriam à pena tentar de novo.
É como naqueles filmes que tem o "flashback", assim passou na minha cabeça. E percebi que existem poucas possibilidade de eu tentar novamente.
Nem uma com a inscrição “VOCÊ GANHOU” caiu da minha mochila. OU eu ganhei essa possibilidade, ou eu nunca ganhei.
Eu nem sei por que estou escrevendo isso para você, nem com que propósito.
Mas é isso!


Te amo



Beijos Paula~''~ 2007

05/10
23:12’57



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A Paula escreveu isso para mim quando estávamos saindo do Lú e me entregou quando voltávamos para casa,eu acabei de ler.A gente tem a “mania” de escrever em guardanapos quando pensamos em algo do tipo “preciso dizer agora” ou “você precisa escutar isso agora”, não sei o motivo pelo qual ela escreveu isso hoje, nem ela.
Isso fez um certo sentido para mim, não sei o motivo e nem no que me fez pensar (ou sei e não quero dizer).
Obrigada Paula e desculpa ter postado aqui,espero que não se importe mas isso pode fazer sentido para mais gente.


Ah, Paula! Sente só horário do bilhete: 23:12’57 e 12+57= 69(:3)= 23


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Enquanto espero O médico e o monstro ( “The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde”,caso prefiram) livro clássico do escocês Robert Louis Stevenson publicado em 1886, comecei a ler O poderoso chefão ("The Godfather",caso prefiram) escrito por Mario Puzo, originalmente publicado em 1969.
Não posso deixar de recomendar o livro, comecei hoje, mas já estou achando incrível a história do padrinho/chefão, Don Vito Corleone.


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Iniciei o mês com o pé esquerdo. Sabe quando parece que você está se traindo ao pensar no que está pensando? É isso basicamente. Estou tentando ignorar para ver se esqueço. O Evandro está tentando dar uma de psicólogo e olha que ele sabe que eu não gosto de análises (obrigada!).


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

¨Cansada



Ela cogitava a possibilidade, nunca antes havia cogitado a possibilidade de sequer, cogitar a possibilidade, mas, hoje, ela cogitava...a possibilidade em si.
Fazia um calor chato no meio do inverno, com vento, mas abafado, doía no rosto, doía nos olhos, era como se estivesse no meio de um deserto, mas com frio.
Ligou, ligou e ninguém atendeu, tomou banho, deitou, tomou café, ligou novamente, ele atendeu. Não. A palavra ecoava, amanhã quem sabe...justo agora que ela cogitava a possibilidade...decidiu: ‘De ontem em diante nunca mais vou perder nenhuma possibilidade’. Perdera duas ontem, meia hoje, não, hoje não, hoje perderam por ela...doía no rosto, doía nos olhos - vento de emoções e devaneios - simplesmente doía.
Saiu de casa, sozinha, caminhou, correu, subiu no ônibus, acabou a pilha, vontade de vomitar...ela dizia para si mesma...maldita vontade de vomitar. Caminhava no centro sozinha e seus lábios rachados doíam, caminhava no centro sozinha e olhava para os lados com fúria como se procurasse alguém...alguém. Mas olha que engraçado, não encontrou ninguém, óbvio que ela não havia encontrado alguém, maldita mania de caminhar todos os dias no centro procurando alguém, alguém de sorriso bonito, alguém.
Foi aí - depois de não encontrar ninguém – que hoje ela iria variar, iria perder a vergonha para poder ganhar de novo e se orgulhar dela de novo, como a primeira vez, hoje ela iria se sentir dona de si mesma, nem que seja por simples segundos. Não existe pecado, não existe erro, não existe verdade, é tudo questão de ponto-de-vista é tudo questão, pura questão, de interpretação. Caminhou, subiu a ladeira correndo, desceu correndo no outro sentido, cantarolou alguma canção, dançou por entre os carros, dançou por entre o próprio cérebro, no cérebro ecoavam palavras de comando: Não, Sim, Sobe, Desce, Deita, Rola...sentia-se uma cadela, mas uma cadela feliz. Sentou no cordão da calçada para descansar, retomou a vergonha e cansou, o encontrou e constatou.
Não é a pessoa que eu esperava. Nunca é a pessoa que eu espero. Tenho desistido das pessoas ultimamente, principalmente da minha pessoa, estou cansada. Cansada de ser orgulhosa, cansada de ser preocupada, cansada de ser emotiva, cansada de ser. Estou cansada de pensar demais, porque eu penso demais, e penso tanto que não consigo me expressar direito, e embora seja sincera, estou sempre mentindo. A imaginação é mais rápida que o pensamento, mais rápida do que as palavras, mais rápida do que a fala. Estou cansada de imaginar demais, de projetar demais. Cansada de me cansar demais.





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A Débora disse que eu gostaria do texto. Realmente gostei e não sei se você vai saber o motivo, mas eu estou aí em todos os pontos possíveis. Até parece que fui eu quem o escreveu... Não sei quem é a autora,mas está de parabéns.




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Voltei de Vila Velha. Descobri que tenho fortes tendências a chorar em casamentos. É claro que não chorei, afinal não tem coisa que eu abomine mais que chorar. Foi um bom final de semana. Ahhh! Viram o final da novela? O Olavo não podia ter morrido, que raiva!!!



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A melhor distância é a mais longe possível.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Primavera

“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras;”
(Cecília Meireles – Primavera)


A primavera demorou a chegar. Os dias pareciam passar em uma lentidão tão grande que me deixaram ansiosa. Sabe o que é olhar para o calendário e tirar a conclusão de que não importa se são semanas ou dias, que qualquer tempo é o mesmo tempo que te distancia de algo?
Pela primeira vez fiquei assim para ver uma estação chegar. Não que eu goste mais da primavera que do inverno, na verdade ele costuma ser minha preferida, mas essa primavera teria um ar diferente de todas as outras. Não ar carregado com o pólen que me dá alergia, mas um ar de esperança que não atinge a narina de forma que me faça espirrar.
Se dizem que os tempos são sempre os mesmos, que os dias são sempre tão iguais não importando a estação, que o sol sempre ao se por vai nascer em outro continente eu já acredito que pode sim haver mudanças.
Mesmo que isso seja uma esperança besta qualquer por escutar os passarinhos que não existem cantando em um jardim, que não existe, com flores que não existem com aquela árvore e seu balanço que também não existem.
Minhas boas "previsões"...
Boa primavera para quem espera algo dela.


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O dilema dessas últimas semanas é que vestido comprar para o casamento de sábado. Sei que vestido é vestido e que eu não deveria estar tão indecisa. O problema é que eu não uso vestido com freqüência, não compro vestidos nem por prazer e imagine então comprar por necessidade?Esse povinho resolve casar e eu que fico no dilema. E ainda nem sei a cor.


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De onde veio o seriado Skins? Incrível como os meninos estão fazendo um bom trabalho de divulgação do seriado, acho que vou contratá-los para fazer a divulgação do meu blog, estou precisando.
O Henrique me perguntou com que personagem me identifiquei, fiquei com receio de responder, acho que ele se assustaria se eu respondesse que me identifiquei com o Tony. Eu me assusto com isso.


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Vai, minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser. Diz- lhe em uma prece que ela regresse porque eu não posso mais sofrer.
Chega de saudade, na realidade é que sem ela não há paz, não há beleza,é só tristeza e a melancolia que não sai de mim.Não sai de mim, não sai.
Mas se ela voltar, se ela voltar...que coisa linda!Que coisa louca!Pois há menos peixinhos a nadar no mar do que os beijinhos que darei na sua boca.
Dentro dos meus braços,os abraços. Hão de ser milhões de abraços, aperto assim, colado assim, calado assim. Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim. Não quero mais esse negócio de você longe de mim. Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim.





quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sem mais...

Esperava que fosse diferente. Encontrava-se ali parada, querendo não ter que dizer nada e ao mesmo tempo dizendo tudo, dizendo que ele era tudo o que ela precisava. Nunca havia imaginado aquilo, mas o improvável sempre acontece.
Será que ele não podia entender sem palavras? Em seu plano particular ela chegaria e só de olhar ele entenderia, a abraçaria sem pedir explicações, a beijaria e sairiam dali de mãos dadas como da ultima vez, sem que tocassem no assunto e como se sempre estivessem assim. Mas não era para ser fácil, seu orgulho e medo sendo desafiados ao mesmo tempo.
Parado, olhando um pouco risonho sem entender o que acontecia, querendo e esperando que ela dissesse o que a fez mudar de idéia. Por que isso agora? Não sabia e não sabia o que ele esperava naquele momento. Queria elogios? Queria súplica? Queria o que afinal? Uma explicação.
A verdade é que nada podia explicar o que sentia e pensava. Não era seu cheiro, sorriso, olhar ou beijo. Não era a saudade, não era nada que a fez mudar de idéia e era ele. Como entender e explicar? Ele estava exatamente como antes ou pelo menos esperava isso, que ele ainda sentisse algo por ela.
Ele queria mais. Era difícil, era ilógico, era improbabilidades, era insegurança, era incerteza, mas era amor. Amor era a palavra fundamental que ela esperava que entendesse. Ele queria mais, queria segurança e certeza de tudo, ela não podia dar.
Ele não entendeu que o amor era o suficiente e não deixou que ela simplesmente o amasse e aquela noite não teria luar.


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Não tenho conseguido colocar nome em meus textos ou tenho demorado muito para pensar em um nome qualquer. Não sei se esse é um caso de pedir desculpas, mas eu peço e peço também desculpas pela qualidade dos textos (se é que eles têm alguma). Um dia eu melhoro, ou não.
"Posso fazer melhor que isso."


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deixe simplesmente Deus te amar.

sábado, 15 de setembro de 2007

nada mudou

A gente fica muito confiante e às vezes, posso ousar a dizer que somos iludidos demais. Eu, por exemplo, com o sinal penso que as coisas vão mudar, que eu vou mudar, que tudo vai mudar com um piscar de olhos.
É como você ser apaixonada pelo carinha das flores e se convencer que não gosta dele, simplesmente parar e pensar/se convencer que tudo mudou e ponto. Mas no meu caso é bem pior, eu pensei que a minha bronquite não existisse mais, e da mesma forma que se convence que o cara da flor não é mais o amor da sua vida e você, é claro, percebeu que estava enganada assim que o encontrou, eu percebi que estava enganada com a minha bronquite alérgica assim que comecei a perder o ar pós arrumação de casa.
Quando percebi estava ali, sentada no cantinho do quarto com o nebulizador na mão, com o Lucas deitado na cama (dizendo que ia me vigiar) e com a Paula ao meu lado me mandando parar de falar. Fiquei observando o ventilador ir para a esquerda e para a direita com aquela lentidão que te faz pensar que o vento demora mais para chegar a você no meio tempo que está virado para o lado oposto.
O nebulizador dava uns estalos, fazia tempo que não o usávamos. Mas aquele barulhinho me fez lembrar de quando tinha essa bronquite. Quando minha infância não se resumiu apenas em esportes, quando tinha que parar e ficar dentro de casa jogando joguinhos de tabuleiro, quando minha mãe pegou meus bichinhos de pelúcia e guardou dentro de uma sacola. Quando passei o Natal no hospital vendo Disney Club no SBT e como meu irmão reclamou comigo porque estraguei meu próprio Natal. Fui culpada por algo que não tinha culpa e mal sabia ele que foi o melhor natal da minha vida.
Fazia tempo que não me lembrava disso. Da semana que passei no hospital e perdi todas as minhas provas (estava na segunda série), lembrei da copa de 98 que também estava no hospital (ganhei uma blusa do Brasil no dia que sai).
Coisas que a gente não se lembra mais porque pensava que nunca mais passaria por aquilo. Inclusive você com o carinha das flores, foi recordando os momentos que tinha esquecido porque pensou que nunca mais sentiria aquilo,que sentiria saudades.



O pensamento é interrompido, mais uma coisa que havia me esquecido, fazer nebulização me faz ter vontade de fazer xixi. Ah, CRUJ CRU tchau!



*****


O retorno da bronquite me fez ficar em casa o dia todo. Paulinha e Lediel viram filme comigo enquanto eu passava mal. Estou um pouco melhor, esperando estar 100% até amanhã, afinal, provinha...


*****


Seu sonho já se confundiu com a realidade? Quantas vezes? É complicado, né?E se isso acontecer todos os dias com você? Já não sei em que acreditar.



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A Aline me deixou pensativa. Seria eu a única a REALMENTE entender meus textos? Muito ruim pensar assim.
Seria isso aqui inútil?
Cada um com seus demônios...


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Dois posts em um dia...menina hein!!Um brinde para os que viveram essa época:http://www.youtube.com/watch?v=xUwgGpe5KuM

###Teia###de###aranha###

Ele sempre está certo, isso me incomoda profundamente e ele sabe disso. Em uma de nossas eventuais conversas me disse que tinha que mudar algumas coisas em sua vida porque estava profundamente incomodado. Eu ri, disse que tem algumas coisas que eu não resolvo,deixo cair no arquivo morto (no fim tudo vai para lá mesmo) e se não mexer não vai me incomodar.
Na verdade eu estava muito bem ignorando tudo, sempre fiz isso e para ser sincera, me tornei perita em ignorar e não levar as coisas para o lado pessoal. Já ele não, completamente ao contrário, não gosta de complicar e se eu complico, ele me pergunta por que faço isso. Ele leva as coisas para o lado pessoal sempre, sempre quer resolver tudo. Mas é ele quem sempre está com a razão, até nas previsões sobre se vai ou não chover e se a Lua vai ou não aparecer... sempre me irrita profundamente.


Fiquei incomodada hoje pela sujeira que estava na casa. Quando fui arrumá-la percebi que ele estava certo mais uma vez. Não sei se vocês já repararam, mas quanto mais você tenta arrumar, você vai achando mais teia de aranha que estão em lugares que se desconhecia. E quanto mais eu limpava mais aparecia sujeira, e quanto mais aparecia mais eu limpava. Um ciclo que parecia não terminar. Se eu tivesse limpado antes, não estaria tão suja como estava hoje e eu não teria ficado frustrada com isso tudo. Eu deveria parar de ignorar tudo.


*****


Ontem aprendi a atira com a arma de chumbinho do meu irmão. Ele me ensinou, disse que eu tinha que relaxar, disse que estou tendo um princípio de estresse. Estou conseguindo mirar bem, acertei a lata, acertei a garrafa, acertei a mira!! Atirar é terapia. Espero que a minha mãe tenha parado de ler meu blog, não sei se ela vai gostar disso.


*****


Hoje parei para escutar algumas músicas que fazia tempo que não escutava. Lembram do Djavan? Eu tinha esquecido que ele existia!!


Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer, o que vi foi demais,
vazou
Por toda selva do meu ser,nada ficou intacto


*****


“Quero gastar muita gasolina. Quero que não reclamem disso. Quero olhar a janela e ver o lixão indo embora, quero morar numa rua reta. Quero viajar, quero encontrar o meu lugar. Quero levar alguém até lá.Quero aprender dar voadora, preciso muitas vezes dela. Quero escrever. E não quero saber o futuro. Gosto de surpresas, gosto de adivinhar. Quero ser uma metamorfose ambulante. Eu queria, mas não posso. Tudo que acontece só me mostra que eu sou uma constante. E é isso que vai me levar onde eu quero. A permanência.”



quarta-feira, 12 de setembro de 2007

SOBRE O meu TEMPO

Parece que o tempo se comporta de forma diferente comigo. Por mais que eu queira estar certa, sempre estou errada. Algum tipo de atraso, um tipo de retardamento talvez.
Em Eclesiastes diz que para tudo há um tempo, fiquei pensando nisso para ver se achava a solução para o meu problema, a única conclusão, a mais óbvia por sinal, foi que da mesma forma que existe o tempo certo existe o tempo errado. É o tempo e o fora do tempo, e é nesse infeliz fora de tempo que me enquadro.
Não acho que eu seja a culpada por ter um fuso horário estranho e que o imperfeito para mim no dia 24 de abril de 2006 seja exatamente tudo o que eu precise agora.
Tentei fazer algumas coisas para que isso mudasse, mas perdi meu tempo. Tentei acertar meu relógio de acordo com os habitantes terráqueos locais, mas sempre há uma incompatibilidade no espaço/tempo.
Enfim pensei que se o Sol se põe de forma diferente para todos, então vou para o Japão. A única certeza que tenho mesmo é que
até um relógio parado marca a hora certa pelo menos 2 vezes no dia.


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Os judeus estão tão “fora do tempo” quanto eu. Hoje pela noite eles comemoram a chegada do ano de 5768. Feliz ano novo!


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A princípio a gente estava perdida, quase mandei pararem o mundo porque eu queria descer. Logo percebi que se estava na chuva era para me queimar. Cantamos em um grupo de louvor improvisado com um tecladista e um baterista que eram péssimos. Trabalhamos com crianças maravilhosas (que criança não é?), conhecemos pessoas psicopatas, fomos ao asilo e fui lambida por um velhinho (não riam,estou traumatizada!). Fizemos 832 coisas em dois dias, quase abraçamos o mundo com as pernas. Ahhhh, a “tia” que ofereceu o almoço de sábado me passou a receita de uma galinha maravilhosa, me ensinou faze-la parar de sangrar (com certeza você será minha cobaia Paulinha!). Esse domingo volto a viajar, dessa vez para Campos. Sabe né, UERJ.


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Espero que essa semana esteja sendo mais fácil para você do que está sendo para mim.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Diário dos "sem mãe".

Aos poucos estamos adequando nossa rotina à nova vida. Bem aos poucos mesmo, esse é um processo lento que exige da nossa paciência e tolerância para evitar surtos indesejáveis.
Algumas vezes me sinto como no filme Quero ser grande com o Tom Hanks, onde ele cresce de uma hora para a outra e fica perdido, sem saber muito bem como se comportar. Eu sabia que ia ser assim, tanto que surtei quando soube que moraríamos sozinhos.
É engraçado as pessoas se preocupando com a gente. Todos os dias tem alguém perguntando o que cozinhei, todos os dias tem alguém se oferecendo para fazer comida, creio que sabem da minha falta de dom para comidas, tem sempre gente convidando para eu dormir fora de casa...às vezes incomoda essa preocupação,não sou tão ruim em conseguir me virar...
Ensinei ao Wagner o questionário que ele deve me fazer quando eu perguntar se posso dormir na casa de alguém, quando eu perguntar se posso viajar, quando eu disser que não vou voltar tão cedo. Tudo bem que ele não está nem aí se pergunto ou não, se vou com fulano ou cicrano, mas ensinei.
Tudo o que não sabemos fazer, fazemos. Adotei o lema “se não ficar bom a gente não repete” e isso virou o lema da casa. Não apenas para a cozinha, mas para qualquer outra tarefa...Isso é uma forma de ser menos exigente e de compreender que ninguém nunca fez isso antes.
Aprendemos lavar roupa, ainda não decidimos quem vai passar aquilo tudo, mas já sabemos exatamente onde colocar toda aquela roupa não passada. Quando parece que não tem como piorar aparece uma galinha para cozinhar. Alguém sabe como faz para aquilo parar de sangrar? Eu orei para que isso acontecesse. Tem gente que tem umas orações esquisitas...
Não está sendo tão ruim quanto pensei, tem coisas que são ruins sim, fazer galinha é bem ruim. Mas ao total não está sendo tão ruim assim não, está sendo divertido. Tem me feito crescer e tudo o que preciso tenho tido. Inclusive algumas pessoas tem me mimado para tentar não me fazer sentir tanta saudade da Gil.Gente para tudo nesse mundo.
Se eu sobreviver a esse ano espero ter direito a um prêmio, sinceramente? Eu acho que mereço.


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Dia sete às sete hrs da manhã estarei indo para Ubá em Minas Gerais(hein?
potóco!).Devemos voltar sábado pela noite ou domingo pela madrugada.
Ao infinito e além!
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Eu engoli quase um oceano
veio uma tábua boiando no mar
Perdido na superfície da lua
eu encontrei uma sonda lunar


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Apesar de não gostar de ser comparada a ele, o Lucas é tudo o que eu deveria ser como irmã, amiga, filha, cristã...se na vida nada é perfeito o Lucas está prestes a saber o segredo da perfeição, coisa nunca feita (só pelo brigadeiro, afinal, brigadeiro é perfeito). Fica aqui os parabéns pelo aniversário dele que será domingo, não sei se volto aqui domingo mas não poderia deixar de dar os parabéns no meu blog. Só para raros!


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Novidade? A mulher do meu pai está grávida de 3 meses. Aceitando sugestões para o nome!


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Obrigada por estarem por aqui.


sábado, 1 de setembro de 2007

Dupla - face

Você está certo de que encontra a lei a apresentação completa do conhecimento da verdade.Você, que ensina os outros,por que é que não ensina a você mesmo?Se afirma que não se deve roubar, por que é que você mesmo rouba?Se você diz que não se deve cometer adultério, por que é que você mesmo comete adultério?Você odeia os ídolos mas rouba as coisas dos templos.




Lima Barreto escreveu um livro onde a temática principal de todas as suas crônicas (ou de grande parte delas) é a crítica a sociedade que vive de aparências. Isso é bom, porque fomos obrigados a comprar um livro dele para a aula de literatura (As melhores crônias de Lima Barreto) e como não li o livro todo (ando relaxada com minhas leituras) quando o professor pergunta qual a temática principal da crônica O homem que sabia Javanês ou A nova Califórnia ou qualquer outra, a resposta é simples: a temática principal é a sociedade que vive de aparências.
As pessoas sempre pensam no que vão pensar delas, como vão impactar, como serão lembradas por suas bondades, por suas ótimas tiradas, por seu jeitinho de ser....como marcarão o mundo. Tanto faz o que realmente são, você faz trabalho de caridade para impressionar o carinha que acha que caridade é legal. Você dá o dízimo na igreja para que as pessoas te vejam indo lá na frente com o envelope. Você toca no culto mas na verdade não ta nem aí para Deus. Sabe aquele cara que você ta namorando? Nunca será a pessoa que você admira mas sim a pessoa que impressionaria os outros. Os outros falam que você vai passar do céu quando morrer...
Ninguém sabe o que realmente você pensa, não sabe o que você faz quando ninguém te vê fazendo (não creio que citei a letra da música do Capital Inicial aqui,decadência). Tem importância você ser assim? Na verdade não, porque o que realmente importa é o vão ver de você e não a verdadeira história dos fatos. Se fizessem um filme da sua vida a história seria de uma pessoa que nem você mesmo reconheceria.
Aí você resolve abrir a Bíblia, tira a poeira que tem em cima dela e abre no Salmos 139 e lá ta escrito que Deus conhece seus pensamentos, os desejos do seu coração e pensa “Oba! Deus é o gênio da lâmpada do Aladin e como sabe os meus desejos, meus anseios meus tudo vai realizar...êêê”. Não acabam de ler esse capítulo porque 24 versículos é demais...
Sendo que o outro lado da moeda é que sabendo disso tudo Ele não cai naquela lorota de sou isso sou aquilo. Ele vê tudo e mais um pouco. Sabe que cantar hinos na igreja com o pensamento da saia curta da irmã não é exatamente o que queria. Você o fere mais do que o agrada. E olha que você é um cara super admirado...
Entendeu onde eu quero chegar? Mais importante do que parecer é ser e ser reconhecido de uma forma diferente. Dizem que as pessoas que fingem não conseguem fingir para sempre...


Como você é visto por Deus?Como Ele vai lembrar de você? E por aí vai....
Mas você não está nem aí para isso tudo né?






Você se orgulha de ter a lei de Deus, mas você é uma vergonha para Deus porque Deus obedece a sua lei.
{Romanos 2; 20 a 23}


*****

No último dia de agosto encontrei o herói da minha infância. Acho que toda criança teve um herói... Não sei como você vê o seu herói agora. O meu? Morreu de overdose.
Essa foi a coisa mais estranha que aconteceu em agosto. Ah, sim... agosto acabou. Voltemos a respirar! Bom setembro para vocês e cheio de oxigênio.


*****

Existirá,  em todo porto tremulará 
a velha bandeira da vida
Acenderá todo farol iluminará
uma ponta de esperança
E se virá, será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá, toda certeza vã,
não sobrará pedra sobre pedra

sábado, 25 de agosto de 2007

Meu coração,não sei por quê bate.

Bons tempos àqueles em que eu não sentia falta de ar. Era tudo sobre controle, respirava normalmente e se perdia o ar era porque estava tendo apenas uma bronquite ou uma parada respiratória. Só isso. Era explicável. Era mais fácil de tratar.
Agora a gente não sabe mais o que acontece para esse ar ir e vir. Para o coração acelerar e parar junto com o pulmão. Quando a gente vê o ar se foi. Lembramos de respirar bem fundo e o ar volta. Inspira, expira, inspira e expira. O ar falta novamente. Onde o ar foi parar?Sístole, diástole, sístole e diástole.
Realmente, as coisas eram mais fáceis quando não se tremia com tanta freqüência, só tremíamos de medo daquele filme de terror. Quando a mão não suava, só apenas de calor. Quando os olhos nos obedeciam. Quando a respiração ofegante só vinha após uma corrida. Quando tudo não parecia ser besteira. Quando não éramos tão patéticos. Quando o desejo era por bolo de chocolate com cobertura de chocolate e recheio de chocolate, cheio de confete ao redor. Era realmente bom os tempos onde sentíamos saudades de pessoas que se importavam com a gente....saudades da nossa mãe que estava longe, do nosso pai, da nossa vó. Quando a dor vinha quando batíamos o dedo mindinho na quina da cama. Lembra dos tempos que tudo se sarava apenas com um beijo de mãe? Quando o carinho que queríamos era carinho para nos fazer dormir.
Era explicável. Era mais fácil de tratar. Agora, agora não se sabe mais o que acontece para esse ar ir e vir. Para esse coração parar junto com o pulmão.


*****


Antes elas chegariam sábado. Depois chegariam sexta. Agora só chegam domingo. A casa? A casa estava impecável.


*****


Ela me olhou, quem?
Quem sabe com ela?
Eu veria as tardes
que sempre me passaram
como imagens,
como invenção.
E se eu não posso ter
eu fico imaginando,
eu fico imaginando...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tua vontade.

Proteja-me de ficar sabendo daquilo que não preciso saber.Proteja-me até mesmo de ficar sabendo que existem coisas que não sei.Proteja-me de ficar sabendo que decidi não saber das coisas que decidi não saber.
Amém.




Nossas orações mudam com o tempo. Isso é bom porque significa que estamos mudando nossos pedidos por saber que pedir o errado não vai dar certo mesmo. Amadurecer com suas orações é uma forma de mostrar que está entendendo o que Deus fala contigo e aceitar suas vontades. Aceitar é importante.
Jonas é um bom exemplo disso. Já cansei de escutar pessoas falando sobre Jonas, mas Jonas é um exemplo de entender a vontade de Deus e mudar de comportamento ao percebê-las. Jonas foi um teimoso, menino danado que bateu o pé e por fim entendeu e resolveu mudar a oração ali dentro da barriga do grande peixe. Jonas sabia para onde devia ir e não o fez, teve a oportunidade de desistir e depois de dias o fez. Sofreu até aceitar o que Deus queria.
Minhas orações mudaram, eu sei que no fundo me dói em pensar que a principio meu sonho é diferente do de Deus. Parece que o coração fica comprimido por um tempo (ainda está) e fico da mesma forma que ficava quando pedia uma boneca para minha mãe e ela dizia que não podia me dar. Parece que tem uma laranja travada na garganta, detesto essas laranjas que não vem espremidas em um suco.
Aí você amadurece (?) e resolve esperar bem quieta. É o melhor. É o certo. Não vai doer porque a laranja sai da garganta quando você aceita e vai ser bem divertido porque, como sua mãe, Ele não vai te dar a boneca mas vai te fazer mais feliz que isso.
Agora é só esperar e vamos ver o que acontecerá.



Senhor,Senhor,Senhor.Proteja-me das conseqüências da oração anterior.
Amém.




*****


Minha mãe e vó virão sábado. Lembrete: deixar a casa impecável.


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Saia justa.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
(...)


Acontecem coisas que a gente se nega acreditar que tenham acontecido. Lembro de uma saia que ganhei da minha tia, foi no natal do ano retrasado, uma saia preta, com detalhe branco. Uma soltinha. Ousaria dizer que esse soltinha seria “rodado solto”. Não vou tentar definir a saia porque sou péssima para descrever coisas, ainda mais saias.
Gostei da saia, uma saia bonita. Não costumo usar saias, mas resolvi que arriscaria usa-la algumas vezes.
Na mesma semana que a ganhei resolvi usa-la para ir ao shopping. Erro meu porque ao sair do carro a saia subiu com o vento. Não sei se tinha alguém por perto além da minha mãe e vó que caíram na gargalhada. Mas foi excessivamente constrangedor dar uma de Marilyn Monroe em Vila Velha.
Coisa
s assim traumatizam uma pessoa e depois desse dia toda vez que ousava colocar a saia se o vento batesse era motivo de medo. Tanto faz se fosse uma brisa ou um vento ventania, segurava a saia de todas as pontas possíveis para não ter o Marilyn Monroe parte II a missão. O interessante é que depois que comecei a me prevenir contra esses ventos tarados eles não eram mais ameaçadores. Eles pararam de levantar a minha saia. Eles desistiram de mim.
Quando você se previne 831 milhões de vezes contra algo e isso acaba não tendo utilidade alguma, você chega na 832 milionésima vez e desiste de tentar lutar contra algo que não oferece perigo. E justamente nessa vez que você desiste é que o babaca do vento sopra de uma forma estratégica, nem forte e nem fraco, no ponto que faz com que a saia suba com um movimento sutilmente delicado repetindo o fato lamentável que já acontecera uma vez.
Você fica constrangida, se você pelo menos tivesse o charme da Marilyn Monroe, mas vai você com a sua cara vermelha abaixar a sua saia. Por sorte só havia uma mulher olhando para você, que ri e tenta te deixar com menos cara de tapada falando que isso acontece e continua rindo (rindo de forma simpática, não rindo da sua cara, caso fosse assim você esqueceria a saia e jogaria a mulher da ponte).
Tem coisas que a gente se nega acreditar que aconteceram com a gente.


(...)
Porém meus olhos
não perguntam nada.


*****


Aniversariante do dia é minha digníssima amiga linda cantora atriz companheira master plus! Mila, bom demais de ter por perto. Parabéns!! Quando você aprender a parar o carro a gente dá uma voltinha. Afinal, pra que 18 anos serve?


*****

When you're alone and life is making you lonely
You can always go - downtow

*****


Talvez o vento tenha combinado esse tipo de coisa com o Ricardo. Tem gente que sente prazer em te deixar sem graça. Cada coisa...

sábado, 18 de agosto de 2007

Balada de Agosto



"Lá fora a chuva desaba e
aqui no meu rosto

cinzas de agosto e
na mesa o vinho derramado

Tanto orgulho que não meço
o remorso das palavras"


Janeiro, fevereiro, julho, dezembro ou o mês do próprio aniversário. Típicos meses em que se encontram as férias e festas. Típicos meses que todos gostam. Eu? Eu gosto de agosto. Não faço aniversário em agosto, em agosto o inverno termina (eu gosto de inverno), em agosto não tem feriados significativos, é no início de agosto que as férias de julho terminam, não tem nada de mais em agosto. Eu gosto de agosto.
Até faria uma piadinha ridícula sobre o nome do mês, mas como tenho feito piadinhas ridículas com muita freqüência (desde sempre), prefiro descartar a piada por hoje. Só porque estamos em agosto.
Ousaria dizer que desde que me considero pessoa (isso não faz muito tempo), as coisas mais importantes da minha vida acontecem em agosto. Não vou ficar escrevendo as coisas mais importantes da minha vida porque por isso não interessa, e tudo bem que não tem sentido ficar escrevendo sobre agosto. Quem se importa com agosto? Só eu, talvez.
Um dia ainda torno o mês de agosto oficialmente o melhor mês da minha vida. Digo oficialmente porque se alguém me perguntar “o que tem em agosto?”não teria uma resposta explicativa. Quem sabe se eu casar em agosto? Dia dezenove talvez, o que seria amanhã em algum ano de minha vida. Ou ter um filho no mês de agosto (contando que não nasça prematuro e eu engravide no mês certo contando nove meses). Lançar um livro no mês de agosto. Plantar uma árvore no mês de agosto. Sei lá como se faz o mês de agosto ser um mês oficialmente especial.

Tudo bem, já te convenci que esse mês é um ótimo mês. Então, feliz mês de agosto.


*****


A União de ontem saiu completamente do previsto. Veríamos filme mas fizeram tudo dar errado (sujeito indeterminado), o tempo passou e não daria mais tempo. Não tem coisa que me deixe mais sem graça do que falar e todo mundo ficar olhando, contando que agora eu sei que mexo muito meu ombro quando isso acontece. Ontem quem falou fui eu. Coisas do mês de agosto. Confesso que é bom demais falar de Deus.


*****


Dia 18 de agosto do ano passado o SE eu TIVESSE ASAS teve seu primeiro post. Gosto demais daquilo lá e isso é mais uma coisa legal, viu?Mais uma coisa de agosto, com direito a visual novo e tudo mais... Ah,ele escreve muito melhor que eu. Confesso.
Acho que isso pode colaborar para que lembrem de me emprestar um livro. Ou será que nem assim?


*****


A Paulinha resolveu colocar a criatividade para funcionar. E como havia esquecido a senha do antigo blog (como as pessoas conseguem isso gente?!) resolveu criar um outro. Quer entrar Na contramão da contramão? Então o link ta aí: http://contramandeando.blogspot.com/
Em agosto.

*****


A Nine volta a postar.Em agosto!!


*****

Estou fazendo tentativas para o visu do meu blog. O outro estava me deixando frustrada por sua falta de beleza...esse aqui é uma tentativa de melhorar as coisas. Depois tudo vai se encontrando...
Aceitando crítica e ajuda!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

inCOMPLETOS





Foi um dia entediante e tentei escrever algumas coisas, mas tudo que começava a escrever acabava parado na mais nova pasta super badalada dos meus arquivos que se chama “incompletas”.
O Hudson disse para eu relaxar, olhar para o alto, para a direita e que logo eu acharia algo. Não sei se as idéias dele caem do teto ou se saltitam pela casa, as minhas devem estar escondidas em algum lugar por aqui. Seria bem mais fácil se elas saltitassem, talvez em algum tom de azul, vermelho, com uma forma bem esquisita e que deixassem rastro caso tentassem fugir e a perdesse de vista.
Se bem que tem uns textos onde tenho a impressão que seria necessário além de monstrinhos coloridos pulando, um fio de coragem para correr atrás deles. Tem coisas que a gente escreve que tem que ter coragem para escrever.
Já percebeu isso? Quando é para expor pensamento ou sentimento tudo envolve coragem. Se eu escrever o que sinto e alguém ler, se eu escrever o que penso para alguém ler....
Me incomoda de forma extrema isso de saberem o que penso...é...me incomoda.



Esse é o momento que paro,olho para o teto,olho para a direita e paro de escrever. Mas esse texto não vai para os incompletos. Tudo assim,pela metade.





*****


Vou fazer sim, como quem não quer nada, quem sabe eu não encontro andando por aí? (obrigada,sim?)



*****



Sabe quem vem amanhã? Vai ter bolo de chocolate! Meu irmão não pode perceber que estou explorando a namorada dele. Mas eu sou uma ótima cunhada (muito confiável).



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Meu blog tem os comentários mais insanos do planeta.
Juro que descubro quem é Nine...Aline?! Aline,Nine,parece né?! Esquece...



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Se o Hudson aparecer por aqui....então o texto vai para ele. De certa forma ele sempre ajuda.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Pensamentos de mim?!

Se você abrir a bíblia para ler o livro de Jó você vai perceber umas coisas bem legais. Não falo de como Jó era um cara bacana aos olhos de Deus, apesar disso ser muito legal, mas sim de como os amigos de Jó criam uma teoria sobre como Deus deveria ver Jó para que tudo aquilo acontecesse.
Elifaz diz que Jó era um cara bom, mas que nunca tinha visto ninguém inocente cair em desgraça. Se era bom então qual era o motivo? Opa, então Jó não era bom...sapequinha esse Jó, fazendo besteirinhas que ninguém via.
Eles acusavam Jó que dizia ser inocente e que não estava entendendo nada.
Como ele saberia o que Deus estava pensando dele? Ele era inocente e sabia disso, pelo menos ele não enxergava motivo algum para não ser....não poderia discutir com Deus sobre isso,quem ele era para fazer isso? Mas se pudesse ir até onde Deus se encontrava, para levar tudo o que tinha a seu favor, saber o que Deus responderia.
Tentei fazer isso hoje. Na verdade não é a primeira vez que tento fazer isso, tentei pensar como Deus. Não que eu esteja inconformada com algo, mas quando Deus olha para mim, o que ele vê? Tentando entender também as coisas que acontecem, aconteceram. Coisas que a gente não entende porque Ele permitiu que acontecesse, coisa que não foi da nossa escolha, coisas assim, como perder os filhos em um desmoronamento.
A pior parte disso é que começo a ficar completamente crítica e sinceramente? Não sou o que deveria ser ou que pensam que sou. Que fraude...
Até tento levar em consideração algumas coisas e lembro do versículo que diz “Você pensa que pode descobrir os segredos de Deus e conhecer completamente o Todo-Poderoso?”. Quem um dia irá saber o que se passa na cabeça de Deus?
Sabedoria infinita é isso, ser incompreendido.
E se Deus é canhoto e criou com a mão esquerda? Isso explica, talvez, as coisas desse mundo.
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Quando eu pensei isso? Ah, na aula de química. Que a professora e o seu aldeído, fenol, halogênio me desculpem. Química deixa o sujeito meio doido mesmo.


*****

Um dia eu te vi,
tentando se esconder em mil veludos.
Ao meu lado você chorava o seu mundo,
por trás dos óculos escuros.


*****


Ontem o Henrique em sua extrema vontade de revidar tudo o que eu dizia perguntou quem quer saber o que eu penso?. Me fiz a mesma pergunta tempos depois que abandonei o “Ana às vezes Clara”, também acho que ninguém está muito interessado nisso,mas mesmo assim estou aqui. Sempre.


*****


meu começo meu pra sempre.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Falando sobre FUTEBOL





Sobre futebol, política e religião não se discutem. Política foi criada para a ordem das coisas, religião criada para a ordem de algumas outras coisas, mas para que surgiu o futebol?
Dizer que criaram o futebol para que as pessoas praticassem esporte e assim tivessem uma vida mais sadia é um erro, ninguém se importa com isso! Pelo contrário, tendo em vista que os jogadores costumam sofrer fraturas, como no caso do jogador do São Paulo que fraturou a tíbia no jogo contra o Botafogo, o futebol nunca poderá ser analisado como um esporte criado para por em ordem a saúde humana. O mais saudável é o torcedor que queima calorias gritando no estádio.
Hoje conversei com uma amiga sobre futebol, não que nós entendamos muito sobre o assunto, mas a conversa durou longos minutos (e duraria mais se alguém entendesse alguma coisa sobre o assunto) e sem dúvidas a conclusão que podemos tirar sobre o tal esporte cobiçado por muitos é que ele foi criado nada mais e nada menos para que as pessoas conversem sobre ele por grande tempo de suas vidas e outras, como eu, que não entendem muito se divirtam ao escutar as pessoas discutindo. Realmente acho muito interessante conversas sobre futebol.
Isso explica basicamente porque tanta gente se reúne para assistir uma partida de futebol, e passam boas tardes com os amigos em um bar qualquer (ou até mesmo na casa de algum amigo) conversando sobre a Libertadores, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa Sul-americana, Copa América, Campeonato Carioca, Paulista, Mineiro e o assunto é de uma infinidade que até o infinito é pequeno.
É o único assunto que não se deve conversar que se conversa e se conversa e se conversa.De todos os assuntos” proibidos” o futebol é o que mais se escuta falar. Tudo o que é proibido é mais gostoso? Afinal, sobre jogadores eu entendo.




*****

A Tâmara, namorada do meu irmão, ficou aqui esses dias. A parte boa é que ela simpática, leva susto a toa, gosta de cozinhar e sabe o fazer (além de ter nome de fruta e um metro e meio). Ontem além de cachorro quente, tivemos bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro e almoço de boa qualidade nesses dias (nada comparado com o que faço,sou muito ruim).Tirando que meu irmão querendo agradar comprou sorvete,alugou filmes,trident e coca-cola. Eu gosto muito de comer. Mas afirmo que nada mudou, não volto atrás com a minha opinião (não sobre isso de trazer namorada para casa). Não gosto de ser contrariada, nada pessoal.





O bolo realmente está muito bom.


Tâmaras, tâmaras fresquinhas, tâmaras e pistaches.




*****



Fico sábado sozinha em casa, eis que todos vão passar o final de semana em Vila Velha. Por que não vou? Se alguém souber me responder...


*****



Tudo tem seu preço.


*****


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso,
tenho em mim
todos os sonhos do mundo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A Ilha Negra






















Não desças os degraus dos sonhos
Para não despertar os monstros.
(...)

Tenho lembrado de grande parte dos meus sonhos desde que viajei de férias. Selecionei mentalmente alguns que seriam bons de serem realizados, apesar de terem que sofrer alguns ajustes (nem todos) e isso me fez lembrar de um livro que li e contava a história de um grupo de pessoas que estava navegando em um barco chamado Peregrino da Alvorada. Navegaram por muito tempo até que entraram em uma grande escuridão. Não havia estrelas no céu, não havia Lua,não era noite e não tinha Sol.
Nada se via, nem na proa do navio. Uns acharam que era melhor não embarcar naquela escuridão, outros convencidos que não haveria nada a temer decidiram que continuariam.
Tudo era muito estranho por lá. As luzes que acenderam pareciam lúgubres, as ondas pareciam mais pesadas, o reflexo da lanterna na água parecia oleoso e fazia frio.
No meio daquela escuridão, um grito foi ouvido, não sabiam de onde vinha. Um grito de terror quase não humano. Seria um fantasma? Piedade! Mesmo que vocês sejam um sonho, piedade!Recolham-me. Levem-me a bordo, mesmo que seja para me matar! Mas não desapareçam, pelo amor de Deus, não me deixem nesta terra horrível!
Ao subir a bordo aquele homem com uma aparência selvagem com os olhos muito abertos, parecia não ter pálpebras e com a expressão de terror começou a gritar para que fugissem, remassem para longe daquela terra maldita! Salvem suas vidas!
Eles não tinham hábito de fugir. Mas eles tinham que fugir! O homem falava isso. Aquela ilha era aonde os Sonhos se tornavam realidade.
Aquela ilha? Era a ilha que muito tempo alguns procuravam. Casar com Alice era seu sonho! E Tomás vivo? Outro sonho...
Loucos! Era melhor morrer a ter parado nesse lugar. Ali os sonhos se tornavam reais, não os devaneios e sim os sonhos! Um silêncio de toda a tripulação, começaram a correr e voltaram a remar o máximo que puderam para sair daquele lugar.
Tinham levado meio minuto lembrando de certos sonhos que haviam tido, sonhos que faziam que não quisessem mais dormir...imagine um lugar onde todos eles se tornassem realidade?








(...)
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco esse nosso mundo...

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Tiro as pantufas e volto a estudar. O Durval voltou para Itaperuna, voltou para o Central e eu volto a pegar livros emprestados com ele enquanto espero o livro O médico e o monstro de um desmemoriado (se for esse o problema).





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Enciclopédia Galáctica define o amor como algo incrivelmente complicado de se explicar. Já o Guia do Mochileiro das Galáxias define amor como: geralmente doloroso, se puder, evite-o. Mas para o azar dos terráqueos, eles nunca leram o Guia do Mochileiro das Galáxias.




Qualquer coisa: Don’t panic! (isso explica a dúvida de algumas pessoas)


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Em todo o tempo.


Sem cessar.


Em todo caso.


Na verdade.