Para os que não me conhecem bem ou não me conhecem nada, saibam então que trabalho em uma academia. Isso não é novidade, vai fazer um ano agora em dezembro.
Já matriculei aproximadamente 598 alunos nesse tempo. Além desses 598 alunos, existem os que voltaram a malhar, existem os que param ,existem os que eu desejo intensamente que desistam e existem os que não desistem desse esporte ingrato de forma alguma. No caso, mantemos a média de 500 alunos em nossos longos e suados meses.Nessa coisa toda de alunos e músculos até pensei “Poxa, deve ser muito bom malhar”. Só pensei mesmo e não tive interesse algum em tirar a prova real. Até que me pareceu lógico começar a malhar já que não pagaria nada. Enfim comecei, motivada pela pressão, por um surto e a desculpa idiota de não precisar pagar. E sim, nessa época todas as pessoas do mundo estavam malhando e imaginei a Terra povoada por homens sarados e mulheres com a bunda (inclusive a minha) do jeito que sempre sonharam.
Para constar caso alguém ainda não tenha concluído o notório: não sinto tesão algum por atividades físicas. Tirando caminhada, gosto muito de caminhar. Carregar peso em adutora, abdutora, extensora, flexora, halteres, supino ou qualquer coisa dessas, bom, já disse, não gosto.Então pensei “Poxa, isso vai melhorar minha saúde e capacidade física.”, que foi o papinho que os meninos jogaram para mim quando estava desistindo. E isso até me fez enrolar mais tempo, tipo uma semana. O mais fácil foi pensar em ficar gostosa, ir para o lado negro da força e pensar em coxas grossas. Gostosa em uma cidade praiana, há. Engordei três quilos pensando assim e foi um milagre, acredite.
Porém, ser gostosona nunca foi prioridade nessa vida e em outras que nunca tive e não terei. O ultimo suspiro foi a tentativa de chegar até 50 quilos (sim,não peso nem 50 quilos,okay?) e doar sangue. Seria uma boa atitude, mesmo faltando apenas um quilo e alguma coisa. Seria altruísta e lindo da minha parte. Ta, não consegui. Não consegui mesmo e desisti de tudo. De usufruir academia, da saúde, do corpo, de doar sangue. E fiquei paradona quieta e enrolando todo mundo que me cobrava por longos quatro meses.
Até resolveram me desafiar. Sacana, veio falar que eu não faria nem duas semanas seguidas sem desistir. Ousadia a dele pensar que sou tão sem vontade. Mas que puxa! Duas semanas?
-Quer apostar que eu consigo? - falo realmente indignada.
-Aposto, duas semanas. - responde convicto.
-Quer apostar que consigo mais que isso? - eu estava realmente indignada.
-Três semanas? - ele cede.
-Seu fraco. Um mês?
-Um mês.
- E a gente está apostando o que?
-Uma bala.
-Pensa pequeno assim? Que tal três empadas?
-Três empadas?
-Fechado?
-Fechado. - ele aperta minha mão fechando o acordo.
Há. Alguém acredita que vou perder? São empadas gente!
*****
Quem disse que meu blog não consegue conquistar novos leitores? Não comuniquei antes, mas sim, a Ana Cecília está entre nós. E acreditem se quiser :ela está gostando. É bom ter sua aprovação Ana.
E não deixando de fora, mais uma nome composto: Cícera Laiza. Ela ainda está sendo conquistada, mas um dia ela se rende. Até porque, não sou tão ruim assim.
*****
Pronde vai?
Todo nosso desalento
Toda brisa vem de um vendaval
Pronde vai a reza cortada por sono
Me fale... me de um sinal!
(O Teatro Mágico - O que se perde quando os olhos piscam)